A presidente estadual do PSB e deputada federal da Bahia, Lídice da Mata, afirma que a candidatura dos baianos a Câmara dos Deputados, em Brasília, acabou “queimando a largada” da disputa. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (27), a baiana afirma que os ânimos se afloraram no parlamento muito antes da eleição. Atualmente, o consenso para a votação, que ocorre no dia 1° de fevereiro, está a favor de Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Hugo não era candidato. Hugo apareceu depois da renúncia de Marcos Pereira, que é do seu partido. Até então, ele sequer poderia ser candidato. Então, o que eu acho é que se esquentou demais a eleição da Mesa [Diretora], antes da hora”, defende.
Ela explica: “Porque a eleição da Mesa, ela é um fórum fechado, só tem 513, não muda, então quando você antecipa muito, vai ter sempre tempo de alguém se queimar, de alguém contradizer um ao outro”. A parlamentar faz referência as candidaturas baianas de Elmar Nascimento (União Brasil) e Antônio Brito (PSD), que acabaram perdendo força na reta final da disputa.
“Numa situação como nós tínhamos, Arthur com força dentro da Casa e o Presidente da República com força também, era preciso uma composição entre os dois. Então sair largada, sem construir um campo que buscasse aquilo que o presidente queria”. Lídice relembra que entre os baianos, Lula ainda parecia ter uma preferência com relação a Antonio Brito, mas que não foi o suficiente para um apoio formal a candidatura.
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