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Luciana Santos ressalta recorde de investimentos em ciência, tecnologia e inclusão digital no Brasil

Durante “Bom dia, Ministra”, a titular do MCTI fez um balanço das principais ações da pasta. Mais de R$ 26,3 bilhões foram investidos para fortalecer a ciência no país

Redação
Por: Redação
18/12/2024 às 19h53
Luciana Santos ressalta recorde de investimentos em ciência, tecnologia e inclusão digital no Brasil
Ministra Luciana Santos durante participação no programa “Bom Dia, Ministra” desta quarta-feira, 18 de dezembro - Foto: Diego Campos/Secom

Aministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi a entrevistada do programa “Bom dia, Ministra” desta quarta-feira, 18 de dezembro, com a participação de rádios do país. Um dos principais assuntos abordados foram os investimentos recordes feitos pelo MCTI. Durante a conversa, a ministra fez um balanço das iniciativas da pasta, que passam pelas áreas de transformação digital, educação, saúde, entre outras.

Desde o início de 2023, foram destinados mais de R$ 26,3 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fortalecer a ciência brasileira. A verba supera os valores contratados entre 2020 e 2022, quando, juntando os três anos, os recursos não chegaram a R$ 10,5 bilhões.

“Nós alocamos esses investimentos em dez programas, que são programas decididos pelo Conselho Diretor do FNDCT. Só foi possível bater esses recordes graças a uma decisão do presidente Lula no ano passado de fazer a reintegração completa do nosso fundo”, disse a ministra Luciana.

No início deste ano, o Conselho Diretor do FNDCT aprovou o Plano Anual de Investimento, estruturado em dez programas estratégicos, com investimentos em diversas ações, principalmente com chamadas públicas da Finep e do CNPq. O Conselho também já confirmou a execução total dos R$ 12,7 bilhões previstos para 2024.

Luciana Santos destacou que os investimentos passam pelo combate à fome, por meio do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome; o apoio a Projetos Nacionais Estratégicos, como o CBERS (satélite) e o Sirius (acelerador de partículas); a transição energética, a transformação digital e até a Nova Indústria Brasil (NIB). “São seis missões na NIB e nosso ministério está nessas seis missões”, declarou.

PRÓ-AMAZÔNIA — Outro programa é o Pró-Amazônia, que tem como objetivo apoiar infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica na Região Amazônica, apoiar projetos de inovação de empresas e fomentar projetos de pesquisa. “O Pró-Amazônia é o principal programa de investimentos que a gente está fazendo em toda a região. São R$ 3,4 bilhões exclusivos. Temos uma necessidade de fazer uma política pública na Amazônia que aproveite a nossa biodiversidade e que aquela riqueza possa servir ao seu povo através da bioeconomia”, disse Luciana.

A ministra também ressaltou que o ministério participa, pela primeira vez, do Novo PAC em programas estratégicos para o país. São projetos que passam por saúde, educação, monitoramento de desastres naturais e desenvolvimento industrial com tecnologia de ponta.

“O MCTI participa de oito programas. Entre eles a Infovia, que é levar banda larga pública e gratuita, principalmente para hospitais e escolas. São 40 mil quilômetros que já estamos entregando em várias partes do Brasil”, ressaltou Luciana.

FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS — Sobre a formação de novos profissionais nas áreas de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), a ministra destacou que o Governo Federal dará continuidade ao Programa Residência em TIC. “Existem vagas no mercado e a gente precisa formar desenvolvedores de softwares, que são programadores. Então nós vamos dar escala ao Programa Residência em TIC. Significa que o aluno, além de passar três meses em aula teórica, em três meses já colocamos ele numa residência. Isso tem sido um caso de sucesso”, explicou Luciana.

MULHERES — Outro tema abordado no “Bom Dia, MInistra” foram as iniciativas para inclusão e diversidade nas carreiras científicas e tecnológicas. A ministra ressaltou que existe a necessidade de estimular a formação e a permanência das mulheres nessas áreas.

“Toda a nossa política pública tem que, necessariamente, prever o processo de enfrentamento à desigualdade que vive o nosso país. Quanto às mulheres, a primeira ministra mulher de Ciência e Tecnologia, se não cuidarmos de uma política pública que garanta tanto o acesso, a ascensão, quanto a permanência das mulheres na ciência, quem o fará? Temos que fazer jus a essa condição”, disse Luciana.

Uma das iniciativas lançadas neste ano foi a chamada pública Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, no valor de R$ 100 milhões. “Tem como objetivo buscar P&D, Pesquisa e Desenvolvimento em Rede, que é o conceito mais correto de se produzir ciência. Necessariamente tem que ser de três instituições diferentes e tem que ser mulheres. O foco é para Ciências Exatas, Engenharias e Ciência da Computação, porque nessas áreas somos, ainda, uma minoria”, afirmou a ministra.

Além dessa iniciativa, a ministra destacou o Mulheres inovadoras, que objetiva estimular o empreendedorismo inovador feminino; o edital Atlânticas - Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, que visa aumentar a presença e permanência de mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas na ciência brasileira; e o Programa Futuras Cientistas.

A titular do MCTI explicou que há um processo de mudança na pontuação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que flexibiliza o tempo para que mulheres concluam a formação. “Nós somos a maioria das universitárias. No entanto, quando chega no topo da carreira, isso reduz a um funil de 30%. Significa que há problemas na permanência. As barreiras de uma sociedade machista, de alguma maneira, impede a permanência das mulheres”, pontuou.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL — Na entrevista, a ministra também explicou os recursos aplicados por meio do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Ela destacou a melhoria na infraestrutura dos supercomputadores do país. “Sem supercomputadores, nós não temos como armazenar e processar dados. E a inteligência artificial é a ciência dos dados. Estamos dando um salto grande no supercomputador Santos Dumont, que fica em Petrópolis (RJ)”, explicou.

Também há a formação e capacitação em Inteligência Artificial, programas de solução de IA no serviço público brasileiro e para o setor empresarial. “Nós não devemos a nenhum lugar do mundo do ponto de vista do investimento público. Estamos equiparados aos investimentos europeus. Estou muito otimista que a gente vai dar conta do PBIA e, principalmente, cuidar dos dados brasileiros”, disse Luciana Santos.

QUEM PARTICIPOU — O programa “Bom dia, Ministra” é uma coprodução da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Participaram do programa desta quarta-feira a Rádio Nacional/EBC (Brasília/DF); Rádio Cultura do Nordeste (Caruaru/PE); Rádio Cidade em Dia (Cricíuma/SP); Rádio Azul (Americana/SP); Rádio Band News FM (Salvador/BA); Rádio Cultura (Lavras/MG); Rádio Band News Difusora AM (Manaus/AM).

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