Mais de 80 armas de fogo da loja Delta Guns, em Ceilândia, Distrito Federal foram repassadas a integrantes da facção criminosa Bonde do Maluco, da Bahia. Policiais civis da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) e da DOT/Decor prenderam nesta quinta-feira (29), mais dois envolvidos no comércio irregular dos armamentos. Entre os presos está um funcionário da Delta Guns.
A função do funcionário da Delta foi transportar quase 80 armas e munições para a Bahia. Lá, um segundo homem, também preso nesta quinta, se encarregou de intermediar as vendas para a facção. As prisões foram efetuadas no Recanto das Emas e em Sapeaçu, na Bahia.
Segundo o delegado Tiago Carvalho, as investigações seguem com o intuito específico de identificação, localização e de responsabilização criminal dos compradores finais do armamento que foi vendido de maneira ilícita e que foi transportado do Distrito Federal para a Bahia.
Envolvimento do Dono
O caso do furto de armas da loja Delta Guns ocorrido em junho sofreu uma reviravolta, após a polícia constatar o envolvimento do dono do estabelecimento, Thiago Nunes. Segundo a PCDF, o empresário teria se aproveitado da situação do furto para justificar o desaparecimento de mais de 75 revólveres, pistolas e carabinas e fez uma falsa comunicação de crime.
Com o aprofundamento das investigações, os policiais comprovaram que um dos funcionários da Delta — preso nesta quinta — comercializou, de maneira ilícita, armas e munições para faccionados do Bonde do Maluco, organização criminosa oriunda da Bahia, aliada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e especializada no tráfico de drogas, assaltos, sequestros e assassinatos.